Artista baiano César Romero expõe em São Paulo a partir de 29 de outubro
O baiano César Romero, considerado pela crítica como um dos mais destacados coloristas brasileiros da atualidade, leva para o Espaço Citi, na Avenida Paulista, em São Paulo, a mostra "Quando a palheta é a alma do artista". A exposição começa no dia 29 deste mês e vai até 4 de janeiro, com 17 pinturas e 10 esculturas - Totens Emblemáticos, que serão vistos pela primeira vez pelos paulistas.
Criador de linguagem própria, autoral, César Romero é um pesquisador de formas e símbolos representativos da raiz brasileira. Consegue traduzir a cultura popular de forma erudita em suas obras. Suas pinturas têm o título de “Faixa Emblemática” em acrílica sobre tela; e as esculturas “Totem Emblemático” de madeira maciça, texturizações no corpo da escultura, e, na parte distal superior, pintura em acrílica sobre tela colada à madeira.
“As características iniciais marcantes da pintura de César Romero são a fluidez e a continuidade. As imagens ocupam integralmente o espaço e o tempo, são simultâneas, constantes, interpenetrantes. As imagens nascem umas das outras com naturalidade, num processo associativo. Elas deslizam diante de nós e, nesse fluir, geram a si mesmo. Faixas Emblemáticas. Fluidez e continuidade”, definiu o curador da exposição, crítico de arte e escritor Jacob Klintowitz.
“Minhas coisas são pensadas, ruminadas à exaustão. Estas pinturas são claramente saídas de um mesmo pintor. Trago novos símbolos, novas cores, novas texturizações, novos ajustes. As cores mereceram um cuidado refinado. Procurei encontrar novas potencialidades cromáticas, possibilidades de combinações, entonações, claro-escuro e transparências. Sempre separei cor e tema, o que faço é buscar integrá-los numa síntese lógica. No fundo sou um colorista, vivo a cor”, afirma o artista César Romero.
Sobre César Romero - Barcelona, Berlim, Bilbao, Buenos Aires, Coimbra, Düsseldorf, Lisboa, Los Angeles, Madrid, New York, Paris e outras tantas cidades do mundo puderam contemplar a arte desate baiano nascido em Feira de Santana, em 1950. Em 45 anos de carreira, César Romero, formado em Medicina pela UFBA, celebra a carreira artística contando com 400 coletivas e 40 individuais no Brasil. No exterior, teve 53 coletivas e 9 individuais. Sua fortuna crítica conta com 105 textos de avaliação de críticos de arte, historiadores e especialistas brasileiros e estrangeiros.
Os trabalhos dele foram integrados em projetos de decoração e cenário para 25 novelas e alguns especiais da Rede Globo de Televisão. Conquistou 37 prêmios de pintura, quatro de fotografia, quatro Salas Especiais. Possui trabalhos em 45 museus brasileiros e estrangeiros, inúmeras referências nacionais e internacionais sobre suas obras em livros, dicionários, revistas e jornais, além de curadoria em vários estados brasileiros, países lusófonos e Espanha.
Autodidata, o artista iniciou-se em artes plásticas em 1967. É pintor, fotógrafo e crítico de arte. Vive e trabalha em Salvador desde 1966. Formado em Medicina em 1974 pela Universidade Federal da Bahia, optou pela Psiquiatria, especializando-se em Psicoterapia Individual e Grupal, com intensa atividade clínica.
Crítico de arte filiado à ABCA- Associação Brasileia de Críticos de Arte e à AICA- Associação Internacional de Críticos de Arte, recebeu por duas vezes da ABCA o Prêmio Mario Pedrosa (artista de linguagem contemporânea) em 2001 e 2007. Também da ABCA, por duas vezes, o Prêmio Gonzaga Duque (crítico filiado por atuação no ano), em 2004 e 2010. Tem formação científica em medicina psiquiátrica.
Foi eleito Vice-Presidente Regional Norte/Nordeste para duas gestões, (2006 – 2009) e (2009 – 2012). A ABCA foi criada em 1949 e é ligada à Associação Internacional de Críticos de Arte, ONG reconhecida pela UNESCO com sede em Paris. César Romero é também membro da AICA e Associação Profissional de Artistas Plásticos de São Paulo, sendo diretor cultural da entidade.